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Manuel Gião: Balanço de 2022 e previsão para o futuro no CPV-SE

Manuel Gião (Lema Racing) - CPV 2022 (Jarama)

Para Manuel Gião, Elias Niskanen e a equipa Lema Racing foi praticamente chegar, ver e… vencer esta temporada no Campeonato de Portugal de Velocidade (CPV) e no Iberian Supercars Endurance, cujos títulos açambarcaram face a uma concorrência de respeito.

A experiência de Gião, que aos 51 anos amealhou mais um troféu na sua longa e bem sucedida carreira – o último tinha sido conquistado em 2021, num troféu monomarca – ajudou a marcar diferença.

Desde que deixei de correr em Itália, há uns anos largos, e regressei a casa, participei em vários campeonatos ibéricos e, portanto, agora, em 2022, voltar a um campeonato fez-me sentir em casa.

No ano anterior abrira a minha estrutura, a MG Competição, e tencionava colocá-la em acção no campeonato, mas constatámos que ainda não tínhamos reunidas todas as condições para fazer um bom trabalho. E é aí que entra a Lema Racing e o Niskanen”, começou por referir Manuel Gião.

Correu tudo bem, desde a equipa aos pilotos, a nível de rapidez e de experiência, até ao carro. Acabámos a época com uma boa margem para os adversários, o que foi muito relevante face a adversários fortíssimos.

A McLaren Barcelona investiu muito no campeonato e nós fomos os líderes e vencedores, como corolário de um excelente trabalho”, acrescentou.

Os conselhos do piloto e ‘patrão’ da MG Competição terão sido cruciais, bem secundado pelo desempenho da Lema Racing na preparação e assistência do Mercedes-AMG GT4, para a conquista dos dois títulos em conjunto com o jovem finlandês Elias Niskanen.

O Elias também teve intervenção importante no acerto do carro e eu assumi o meu papel noutras áreas, a nível de conselhos, pois sempre defendi, por exemplo, que as corridas de resistência ganham-se do meio para a frente.

Em Portimão, a temperatura no asfalto estava entre os 40 e os 50 graus, portanto ia haver uma degradação enorme de pneus e eu defendi, como veio a provar-se estar certa, uma estratégia mais conservadora para o arranque e depois para a frente ir aumentando o ritmo.

De resto, o Elias cumpriu sempre com o que lhe pedimos. Foi um bom casamento!”.

Planos em relação a 2023 já existem e, neste momento, encontram-se na fase de angariação de patrocínios, para repetir a participação no CPV.

A minha estrutura, que já tem uma base sólida para crescer, vai ser uma das prioridades, até porque tenho de garantir o meu futuro. Como piloto, sinto-me competitivo e pretendo continuar no campeonato, desta vez com a MG Competição, mas será necessário adquirir um carro. Estamos a trabalhar para encontrar os parceiros para fazer avançar esse projecto”.

Para o jovem finlandês Elias Niskanen, que se estreou nas competições ibéricas, o arranque da temporada não deixou de ser algo complicado e um volte-face na segunda metade revelou-se decisivo para a conquista do título, como sintetizou.

O início da temporada foi desafiante, mas no final melhorámos e ganhámos o campeonato. As novas pistas trouxeram desafios quando só tínhamos apenas algumas voltas de treinos antes da corrida.

A minha equipa e o meu companheiro de equipa fizeram um excelente trabalho ao longo da temporada. No final, fiquei muito, muito satisfeito“.

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